segunda-feira, 16 de março de 2009
MEU VÔO
Busco asas,
asas brancas em omoplatas esquálidas...
Brotam tênues e avançam devagar pro's céus.
Meu peso é brando e me carrego
em vôo sinuoso, pleno e solitário,
em espaços penumbrados.
Não é dia, não é noite...
Cruzo com urubus - ou negras gaivotas? -
e um feio pato, grasnante,
passa rasante por meus cabelos...
Uma pomba branca, célere,
fura meu peito com seu bico fino
e, então, rubra, ruma pro infinito.
Vou atrás do seu vôo
e conquisto o paraíso!
Rita Bittencourt
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