sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"E AQUELA MULHER TRISTE FALOU BAIXINHO, ASSIM:"

Lamento que parta. Uma partida sem malas ou bagagem mas, sei, sem volta. Sem volta porque jogou tudo fora, descartou-se de tudo que poderia fazê-lo voltar. Também, não quero me lembrar mais de você, pois já não lhe conheço. Não quero evocar sua imagem pequenina, sua alegria antiga, seu jeito carinhoso, seu encanto de criança ou sua delicadeza, para consolar-me. Para que, se tudo isso foi ofuscado pelo que você transformou-se hoje? Numa pessoa dura, amarga, de olhar que não se queda, com uma emoção raivosa, sempre com pressa... Numa pessoa esquecida e, aparentemente, sem memória...
Vá com Deus! Também descarto-me de você. Não quero mais lembranças...
Talvez você apareça num Natal qualquer, ou numa doença, com uma flor ou uma maçã... Sem jeito, doido para virar as costas. Se eu perceber isso rezarei para nunca mais voltar.
11/12/2010: Continuas o mesmo...